sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Filme "O leitor"

Acabei de assistir, com atraso, o filme "O leitor".
Sem entrar em detalhes técnicos do filme, devo dizer que a história, que envolve livros, leitura, paixão adolescente, me impressionou.

A leitura, que nos parece algo muito natural quando sabemos ler, nos é mostrada em sua outra faceta, ou seja, como uma pessoa que não lê pode ser sentir envergonhada diante de leitores.

Também nos mostra um personagem que lê para o outro. Tipo de leitura não muito habitual em nossa sociedade, que é feita principalmente de práticas de leitura silenciosas.

Recomendo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Piteco

Post rápido.
Tema: Leitura e pergunta que todo não-leitor, ao ver um leitor, faz.



Foi vendo meu pai lendo...
Foi fazendo a mesma pergunta tantas vezes... que eu criança decidir ver o que havia de bom nas páginas deste objeto.
Meu pai nunca me mandou ler. Mas sempre o vi lendo. Talvez tenho sido isso...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ler para resolver problemas

Este post é para compartilhar uma das minhas tirinhas favoritas com o Hagar.
Seu filho, Hamlet, é leitor, mas ele preferia que o filho se comportasse como o filho do amigo, ou seja, que fosse um viking.

Esta tira mostra bem a importância que a leitura adquire nas atividades cotidianas.
Pessoas não-leitoras sempre me perguntaram o porquê de eu ler. Não entendiam a razão pela qual eu dedicava tanto do meu tempo a essa atividade.
Enfim, digamos que para me safar de problemas seja uma delas. :)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

LEITURA SENSORIAL

Antes de ser um texto escrito, um livro é um objeto; tem forma, cor, textura, volume, cheiro. Pode-se até ouvi-lo se folhearmos suas páginas. Para muitos adultos e especialmente crianças não alfabetizadas essa é a leitura que conta. Quem já teve oportunidade de vivenciá-la e de observar a sua realização sabe o quanto ela pode render.
Na criança essa leitura através dos sentidos revela um prazer singular, relacionado com a sua disponibilidade (maior que a do adulto) e curiosidade (mais espontaneamente expressa). O livro, esse objeto inerte, contendo estranho sinais, quem sabe imagens coloridas, atrai pelo formato e pela facilidade de manuseio; pela possibilidade de abri-lo, decifrar seu mistério e ele revelar – através da combinação rítmica, sonora e visual dos sinais – uma história de encantamento, de imprevistos, de alegrias e apreensões. E esse jogo com o universo escondido num livro vai estimulando na criança a descoberta e aprimoramento da linguagem, desenvolvendo sua capacidade de comunicação com o mundo. Surgem as primeiras escolhas: o livro com ilustrações coloridas agrada mais; se não contém imagens, atrai menos. E só p fato de folheá-lo, abrindo-o e fechando-o, provoca uma sensação de possibilidades de conhecê-lo; seja para dominá-lo, rasgando-o num gesto onipotente, seja para admirá-lo conservando-o a fim de voltar repetidamente a ele.
(...)

Melhor que qualquer tentativa de explicar isso é buscar novamente o relato de Sartre: “Eu não sabia ainda ler, mas já era bastante esnobe para exigir os meus livros... Peguei os dois volumezinhos, cherei-os, apalpei-os, abri-os negligentemente na ‘página certa’, fazendo os estalar. Debalde: eu não tinha a sensação de possuí-los. Tentei sem maior êxito tratá-los como bonecas, acalentá-los, beijá-los, surrá-los. Quase em lágrimas, acabei por depô-los sobre os joelhos de minha mãe. Ela levantou os olhos de seu trabalho: ‘O que queres que eu leia, querido? As fadas?’ Perguntei, incrédulo: As fadas estão aí dentro?”
Já os adultos tendem a ter uma postura mais inibida diante do objeto livro. Isso porque há, sem dúvida, uma tradição de culto a ele. (MARTINS, 2005, p. 42-44).



MARTINS, Maria Helena, O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 2005.

Inspirada neste trecho em que Martins fala da leitora sensorial, do livro entendido como um objeto, enfim, da leitura estética que precede ou se desenrola concomitantemente as outras, compartilho um livro que comprei em 1997 tão somente porque é composto de excertos de clássicos, acompanhado de imagens e pasmem: cheiro.

Capa



Sumário



Leitura deleite



Introdução



Shakeaspeare

Meu texto favorito no livro

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Trecho de Uma história da leitura, de Manguel


Todo o mundo, e tudo que há no mundo, é passível de leitura.
Este trecho mostra como a leitura pode ser de um livro, de letras, de corpos, de natureza, contribuindo para alargar a nossa compreensão de leitura.

"Os leitores de livros, uma família em que eu estava entrando sem saber (sempre achamos que estamos sozinhos em cada descoberta e que cada experiência, da morte ao nascimento, é aterrorizantemente única), ampliam ou concentram uma função comum a todos nós. Ler as letras de uma página é apenas um de seus muitos disfarces. O astrônomo lendo um mapa de estrelas que não existem mais; o arquiteto japonês lendo a terra sobre qual será erguida uma casa, de modo a protegê-la das forças malignas; o zoólogo lendo os rastros de animais na floresta; o jogador lendo os gestos do parceiro antes de jogar a carta vencedora; a dançarina lendo as notações do coreógrafo e o público lendo os movimentos da dançarina no palco; o tecelão lendo o desenho intricado de um tapete sendo tecido; o organista lendo várias linhas musicais simultâneas orquestradas na página; os pais lendo no rosto do bebê os sinais de alegria, medo ou admiração; o adivinho chinês lendo as marcas antigas na carapaça de uma tartaruga; o amante lendo cegamente o corpo amado à noite, sob os lençóis; o psiquiatra ajudando pacientes a ler seus sonhos perturbadores, o pescador havaiano lendo as correntes do oceano ao mergulhar a mão na água; o agricultor lendo o tempo no céu – todos eles compartilham com s leitores a arte de decifrar e traduzir signos. Algumas dessas leituras são coloridas pelo conhecimento de que a coisa lida foi criada para aquele propósito específico por outros seres humanos – a notação musical ou os sinais de trânsito, por exemplo, ou pelos deuses – o casco da tartaruga, o céu à noite. Outras pertencem ao acaso."

Alberto Manguel. In: Uma história da leitura. São Paulo: Companhia das Letras, 1997).

PARA QUE VOU LER? OS OBJETIVOS DA LEITURA


Um aperitivo do conteúdo da obra: SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6 ed. Porto Alegre: Art Med, 1998.

PARA QUE VOU LER? OS OBJETIVOS DA LEITURAExiste um acordo geral sobre o fato de que nós, os bons leitores, não lemos qualquer texto da mesma maneira, e que este é um indicador da nossa competência: a possibilidade de utilizar as estratégias necessárias para cada passo.
Os objetivos dos leitores com relação a um texto podem ser muito variados, e ainda que os enumerássemos nunca poderíamos pretender que nossa lista fosse exaustiva; haverá tantos objetivos como leitores, em diferentes situações e momentos. Portanto, vou falar de alguns objetivos gerais cuja presença é importante na vida adulta e que podem ser trabalhados na escola. Estes objetivos ou finalidades não devem ser apresentados em ordem hierárquica: todos devem ser considerados nas situações de ensino.
Ler para obter uma informação precisa - É a leitura que realizamos quando pretendemos localizar algum dado que nos interessa. Este tipo de leitura caracteriza-se pelo fato de que, na busca de alguns dados, ocorre concomitantemente o desprezo por outros.
Ler para seguir instruções - Neste tipo de tarefa, a leitura é um meio que deve nos permitir fazer algo concreto: ler as instruções de um jogo, as regras de uso de um determinado aparelho, a receita de uma torta, as orientações para participar de uma oficina de experiências, etc.
Ler para obter uma informação de caráter geral - Esta é a leitura que fazemos quando queremos “saber de que trata” um texto, “saber o que acontece”, ver se interessa continuar lendo... Quando lemos para obter uma informação geral, não somos pressionados por uma busca concreta, nem precisamos saber detalhadamente o que diz o texto; é suficiente ter uma impressão, com as idéias mais gerais. Poderíamos dizer que é uma leitura guiada sobretudo pela necessidade do leitor de aprofundar-se mais ou menos nela, e neste ponto difere um pouco das anteriores.
Ler para aprender - Embora, naturalmente, sempre aprendamos com a leitura que realizamos para conseguir outros propósitos, como os que acabei de enunciar, vamos tratar do objetivo de “ler pra aprender” quando a finalidade consiste de forma explícita em ampliar os conhecimentos de que dispomos a partir da leitura de um texto determinado. Este texto pode ter sido indicado por outros, como geralmente acontece na escola e na Universidade, ou também pode ser fruto de uma decisão pessoal, isto é, lemos para aprender um texto selecionado depois de ler para obter uma informação geral sobre vários textos.
Ler para revisar um escrito próprio - Este é um tipo de leitura muito habitual em determinados grupos – aqueles que utilizam a escrita como instrumento de seu trabalho -, embora seja muito restrito fora deles. Quando lê o que escreveu, o autor/revisor revisa a adequação do texto que elaborou para transmitir o significado que o levou a escrevê-lo; neste caso, a leitura adota um papel de controle, de regulação que também pode adotar quando se revisa um texto alheio, mas não é a mesma coisa. Quando leio o que escrevi, sei o que queria dizer e tenho que me pôr simultaneamente em meu lugar e no do futuro leitor, isto é, você. Por isso, às vezes os textos são tão difíceis de entender – é possível que o autor tenha se posto apenas em seu próprio lugar e não dos possíveis leitores; por isso em algumas ocasiões também é tão difícil revisar nossos próprios textos – parece-nos tão claro o que queremos dizer, que não percebemos que não o dizemos claramente.
Ler por prazer - Pouco posso dizer sobre este objetivo, e é lógico, pois o prazer é algo absolutamente pessoal, e cada um sabe como o obtém. Assim, talvez a única coisa a ressaltar neste caso é que a leitura é uma questão pessoal, que só pode estar sujeita a si mesma. Neste caso, o leitor poderá reler um ou mesmo um livro inteiro tantas vezes quantas for necessário; poderá saltear capítulos e voltar a ele mais tarde; o que importa, quando se trata deste objetivo, é a experiência emocional desencadeada pela leitura. É fundamental que o leitor possa ir elaborando critérios próprios para selecionar os textos que lê, assim como para avaliá-los e criticá-los.
Ler para comunicar um texto um auditório - Este tipo de leitura é própria de grupos de atividades restritos (ler um discurso, um sermão, uma conferência, uma aula magistral; ler poesia em uma apresentação). Sua finalidade é que as pessoas para as quais a leitura é dirigida possam compreender a mensagem emitida, e para isso o leitor pode utilizar toda uma série de recursos –entoação, pausas, exemplos não-lidos, ênfase em determinados aspectos... – que envolvem a leitura em si e que estão destinados a torná-la amena e compreensível.
Leitura para praticar a leitura em voz alta - Na escola este objetivo preside com grande frequência as atividades de ensino de leitura, às vezes mesmo com exclusividade. Em síntese, pretende-se que os alunos leiam com clareza, rapidez, fluência e correção, pronunciando adequadamente, respeitando as normas de pontuação e com a entoação requerida.
Ler para verificar o que se compreendeu - Ainda que quando enfrentamos um texto tenhamos algum propósito, este pode implicar a compreensão total ou parcial de texto lido, um uso escolar da leitura, muito aplicado por outro lado, consiste em que alunos e alunas devam dar conta da sua compreensão, respondendo a perguntas sobre o texto ou recapitulando-o através de qualquer outra técnica.

Consequências da leitura



Nas palavras do autor as consequências da leitura:

A leitura é mais que somente uma experiência agradável, interessante e informativa. Tem conseqüências, algumas das quais são conseqüências típicas de qualquer tipo de experiência que possamos ter. Outras, são unicamente particulares à leitura.
As conseqüências gerais da experiência são um aumento da memória e conhecimento específico. Não encontrei quaisquer estudos sobre o quanto os indivíduos normalmente recordam daquilo que leram (fora de uma situação experimental artificial, que observa o quanto pode ser recordado de itens determinados pelo pesquisador). Mas a observação comum sugere que os indivíduos lembram-se tanto, acerca dos livros que consideram interessantes e agradáveis, quanto o fazem acerca das experiências da “vida real”, nas quais estão envolvidos. Muitos relatos indicam memórias espantosas por parte de leitores para a aparência, títulos, autores, personagens, ambientes, tramas e ilustrações de livros que lhes foram importantes, freqüentemente desde a infância. Com os livros, como com todos os outros tipos de experiência, recordamos o que compreendemos que e o nos é significativo.
Também existem conseqüências específicas. A experiência sempre resulta em aprendizado. A experiência na leitura leva a mais conhecimento sobre a própria leitura. Não é surpreendente, portanto, que estudantes que lêem muito tendam a ler melhor (Anderson, Hiebert, Scott & Wilkinson, 1985). Não precisam ler melhor a fim de lerem muito, mas, quanto mais lêem, mais aprendem sobre leitura. Os mesmos pesquisadores relataram que os estudantes que lêem mais tendiam a apresentar vocabulários maiores, melhores “habilidades de compreensão”, e em geral desempenhavam melhor em uma gama de assuntos acadêmicos. Em outras palavras, a leitura torna as pessoas mais espertas.
Outras coisas são aprendidas através da leitura. Já argumentei bastante (Smith, 1983b) que é somente através da leitura que qualquer pessoa pode aprender a escrever. A única maneira possível de aprender todas as convenções de ortografia, pontuação, letras maiúsculas e minúsculas, parágrafos e até mesmo gramática e estilo, é através da leitura. Os autores ensinam como escrever aos leitores.
(...)
E finalmente, existem as concomitâncias emocionais e conseqüências de leitura. A leitura, como tudo o mais, envolve, inevitavelmente, as emoções. No lado positivo, a leitura pode estimular e aliviar a curiosidade, proporcionar consolo, encorajar, fazer surgir paixões, aliviar a solidão, o tédio a ansiedade, servir de paliativo à tristeza, e, ocasionalmente, como anestesia. Pelo lado negativo, a leitura pode ser um aborrecimento, confusa, gerando ressentimento.
Frank Smith. Compreendendo a leitura: uma análise psicolingüística da leitura e do aprender e ler. Porto Alegre: Artes Médicas. 1989. (p. 211 a 212)

Sebo


Sebo Luis Fernando Verissimo. As mentiras que os homens contam. Objetiva. 2001.

O homem disse o próprio nome e ficou me olhando atentamente. Como alguém que tivesse atirado uma moeda num poço e esperasse o "plim" no fundo. Repeti o nome algumas vezes e finalmente me lembrei. Plim. Mas claro.
- Comprei um livro seu não faz muito.
Ele sorriu, mas apenas com a boca. Perguntou se podia entrar. Pedi para ele esperar até que eu desengatasse as sete trancas da porta.
- Você compreende - expliquei -, com essa onda de assassinatos...
Ele compreendia. Estranhos assassinatos. Todas as vítimas eram intelectuais. Ou pelo menos tinham livros em casa. Dezesseis vítimas até então. Se soubesse que seria a décima sétima eu não teria me apressado tanto com as correntes.
- Você leu meu livro? - ele perguntou.
- Li!
Essa terrível necessidade de não magoar os outros. Principalmente os autores novos.
- Não leu - disse ele.
- Li. Li!
Essa obscena compulsão de ser amado.
- Leu todo?
- Todo.
Ele ainda me olhava, desconfiado. Elaborei:
- Aliás, peguei e não larguei mais até chegar ao fim.
Ele ficou em silêncio. Elaborei mais:
- Depois li de novo.
Ele nada. Exclamei:
- Uma beleza!
- Onde é que ele está?
Meu Deus, ele queria a prova. Fiz um gesto vago na direção da estante. Felizmente, nunca botei um livro fora na minha vida. Ainda tenho - ainda tinha - o meu Livro do bebê. Com a impressão do meu pé recém-nascido, pobre de mim. Venero livros. Tenho pilhas e pilhas de livros. Gosto do cheiro de livros novos e antigos. Passo dias dentro de livrarias. Gosto de manusear livros, de sentir a textura do papel com os dedos, de sentir seu volume na mão. Me ocupo tanto de livros e quase não me sobra tempo para a leitura.
Ele encontrou seu livro. Nós dois suspiramos, aliviados. Como é fácil fazer a alegria dos outros, pensei. Com uma pequena mentira eu talvez tivessa dado o empurrão definitivo numa vocação literária que, de outra forma, se frustaria. Num transbordamento de caridade, declarei:
- Que livro! Puxa!
Mas ele não me ouviu. Apertava o livro entre as mãos. Disse:
- O último. Finalmente.
- O quê?
Ele começou a avançar na minha direção. Contou que a tiragem do livro tinha sido pequena. Quinhentos exemplares. Sua mãe comprara 30 e morrera antes de distribuir aos parentes. Ele tinha ficado com 453. Dezessete cópias tinham acabado num sebo que, através dos anos, vendera todos. Ele seguira a pista de 16 dos 17 compradores e os estrangulara. Faltava o décimo sétimo.
- Por quê? - gritei. E acrescentei, anacronicamente: - Homem de Deus?
No livro tinha um cacófato horrível. Ele não podia suportar a idéia de descobrirem seu cacófato.
- Eu não notei! Eu não notei! - protestei.
Não adiantou. Ninguém que tivesse lido o livro podia continuar vivo. Ele queria deixar o mundo tão inédito quanto nascera.
- Mas essas coisas não têm import... - comecei a dizer.
Mas ele me pedou e me estrangulou.
Bem feito! Para eu aprender a não ser bem-educado. Meu consolo é que depois ele descobriria que as páginas não tinham sido abertas e o remorso envenenaria suas noites.
Enfim. É o que dá freqüentar sebos.

Estreia


Este blog é criado com o propósito de compartilhar informações e ideias sobre livros e leitores e projetos de leitura.

O título busca o navegador de Chartier, aquele que lê nas páginas da internet, sem esquecer que o homem navega nos mares das palavras há muito tempo, por isso o velho.

Trarei excertos de livros ou textos menores na íntegra, sempre com as referências para que a obras originais sejam buscadas.

Que este espaço seja mais um estímulo à leitura. Um lugar onde se ensina e onde se aprende. Um refúgio no qual a leitura é sempre um deleite.

Ainda sentindo o estranhamento da reforma ortográfica, faço a estreia do espaço com as palavras de Saramago:

"As palavras escritas num livro estão dormindo. Se você lê silenciosamente, elas estão meio acordadas. Elas só acordam completamente se você lê em voz alta".