terça-feira, 26 de abril de 2011

Poema para um dia de quase chuva - Lya Luft

Foram-se os amores que tive


ou me tiveram:

partiram

num cortejo silencioso e iluminado.

O tempo me ensinou

a não acreditar demais na morte

nem desistir da vida: cultivo

alegrias num jardim

onde estamos eu, os sonhos idos,

os velhos amores e seus segredos.

E a esperança - que rebrilha

como pedrinhas de cor entre as raízes.

(Lya Luft - Secreta Mirada , 1997)



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