É, tem algum tempo que criei este blog e achei que o alimentaria da mesma velocidade de minhas leituras. Mas não, a minha leitura e navegação nervosa não são acompanhadas da mesma rapidez de reflexão escrita.
Bom, mas vou tentar tocar este projeto.
Navego muito na internet e venho tentando entender estes desafios de leitura impostos pelas novas tecnologias e pelas mudanças sociais...
Para vencer o desafio de ler mais e de acompanhar esta avalanche de informações cotidianas... não uso mais msn (apenas o mínimo do mínimo e com pessoas que eu de fato preciso conversar... chegando a 5) com todos os outros podemos usar as vias mais antigas como telefone. As obrigações e proibições sociais de não deletar os contatos não me comove, deletei até mesmo meu pai. Mantive-o como contato apenas enquanto viajava e precisava falar conosco, assim que retornou ao lar... deletei-o. As obrigações e seduções das redes sociais começaram a atrapalhar meu cotidiano de trabalho. Enfim, libérrima estou para ler vagarosamente e sinto-me bem mais produtiva.
Enfim, o tempo da leitura é um tempo exigente.
O tempo da escrita também.
E vou voltar ao blog. Já.
Pois o desejo de ler, como todos os outros desejos que distraem nossas almas infelizes, é capaz de análise. (Virginia Woolf)
As obrigações das redes sociais além de atrapalharem o cotidiano, chateiam e emburrecem a mais dedicada e aplicada das mentes. Ou seja, não há produção interessante e racional com deveres e necessidades falsamente urgentes. Todo trabalho intelectual que se preze, do nano ao jumbo, é talhado com liberdade, consciência e prazer. Desconfio que por motivos parecidos ao seus, minha pasta C:\Documents\Editions está lotada de textos esperando o Messias! Mas desconfio também que estou cada vez mais enjoado da ociosidade. Quando se experimenta o prazer\frio na barriga da escrita, fica impossível viver indiferente.
ResponderExcluirAh ha!!! Estava tentando achar o link certo para o seu blog!
ResponderExcluirPois é, que a gente se divirta com orkut, facebook, entre outras redes por um certo tempo é até normal. Mas quando você participa de redes sociais que mandam recadinhos de 'bom dia', 'boa tarde', 'boa noite' e de 'I miss you' quando você está labutando com a vida torna-se um protocolo a cumprir. E protocolos são cansativos.
Nesse ponto, estou gostando mais do twitter que não te obriga a ficar saudando as pessoas e te permite falar sem precisar de respostas.
Eu estou com uma pasta semelhante à sua e com uma pilha de livros, que se alterna entre o lado esquerdo ou direito da mesa de trabalho e que acaba indo pra estante sob a promessa de ''um dia''.
Na internet as pessoas estão lendo o tempo todo, claro, mas quando os professores reclamam da falta de concentração dos jovens... eu entendo... porque para fazer minhas leituras, que precisam avançar, busco a cozinha, o quarto, espaços longe da conexão que te convida a ''apenas um click a mais".
Alguém, preciso buscar quem, disse que o tempo da leitura e da literatura é outro. Não é esse da internet. E eu acredito por experiência própria.